"Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar 'the big one', aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais... Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo?
Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verboprrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante.
Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, que não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada?você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra."
Concordo plenamente com os versos acima. Somos todas doidas, loucas, insanas.
Martha Medeiros (sensibilidade que só uma doida poderia descrever) - Doidas e Santas.
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